Se a Educação Infantil envolve cuidar e desenvolver a autonomia, permitindo a formação psicológica nos pequenos, é no Ensino Fundamental que eles começam sua formação moral.
Como essas duas fases educacionais juntas têm como objetivo a inserção de um indivíduo psicologicamente saudável na sociedade — oferecendo-lhe as ferramentas e valores para tal — ela merece muita atenção.
Neste artigo, você vai compreender o que é o Ensino Fundamental e quais pressupostos orientam sua jornada da alfabetização à formação moral dos jovens.
Vai, também, entender que essas duas fases não estão divididas, mas acontecem simultaneamente, além do papel da família nesse processo.
O que é o Ensino Fundamental
Chamamos de Ensino Fundamental a fase escolar de crianças a partir dos 6 anos, que compõe, junto à Educação Infantil e ao Ensino Médio, a formação básica do cidadão.
Se não houver repetência, o Ensino Fundamental dura até os 14 anos do adolescente. Algumas habilidades devem ser desenvolvidas ao longo desse tempo, para que se possa considerar o projeto didático bem-sucedido.
Podemos citar, como exemplos dessas habilidades:
- O domínio básico da leitura, compreensão de textos, escrita e cálculo básico;
- O fortalecimento dos vínculos familiares e sociais, de respeito e convivência com diferentes ideias, valores e visões de mundo;
- O desenvolvimento da capacidade cognitiva, de modo que a aquisição de conhecimento seja parte importante da maneira como crianças e adolescentes formam seus valores morais;
- A compreensão do ambiente natural e social em que a criança vive, e a assimilação das artes, ciências e outras disciplinas fundamentais.
Todos esses pontos passam, de alguma maneira, pela alfabetização e formação moral dos estudantes, e demanda participação ativa da família. É disso que vamos falar a seguir.
O papel da família na educação
A educação informal, não sistematizada ou não intencional, começa a partir do nascimento do indivíduo que, aos poucos, passa a se relacionar com as pessoas com quem convive em casa e na comunidade.
É no ambiente familiar que acontece a socialização primária, ou seja, a criança aprende atitudes fundamentais que, gradualmente, a faz diferenciar o certo do errado, de acordo com a comunidade na qual está inserida.
Nesse espaço também se dá o aprendizado para a vida privada, em que as relações são assimétricas, isto é, os pais têm mais autoridade e poder que os filhos.
A escola promove a educação para outro espaço social: o público. Ao ingressar na escola, a criança, que ocupa lugar privilegiado no seio familiar, torna-se “igual aos demais”, dando início a uma nova aprendizagem e fazendo a passagem da vida privada para a pública.
É nessa instituição que ela experimenta a igualdade e aprende a lidar com a diversidade. Inicia-se, então, a socialização secundária, que consiste no ensino dos conhecimentos e na aprendizagem dos valores sociais.
É na escola que o aluno tem a oportunidade de aprender a viver em uma sociedade democrática que envolve o reconhecimento do outro e a busca por coordenar perspectivas distintas, administrar conflitos de forma justa e, por meio do diálogo, estabelecer relações e perceber a necessidade das regras para se viver bem.
Ou seja, tanto a escola quanto a família têm papéis complementares na educação.
Ensino Fundamental: os primeiros anos
Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular determinou que a alfabetização deve ocorrer até o segundo ano do Ensino Fundamental.
Por alfabetização, entendemos o ensino da leitura e da escrita, assim como a maneira adequada de utilizar esse conhecimento para se comunicar.
Esse processo não deve ser pensado como algo descolado da realidade. É uma atividade da qual a criança participa ativamente, inclusive contribuindo para formar esse saber fora dos limites da escola.
Assim, a alfabetização não é uma atitude de transferir conhecimento para as crianças, mas ensiná-las — ao mesmo tempo em que aprendem a ler — a usar esse aprendizado para formar a sua visão de mundo.
Em outras palavras, embora apareçam divididas neste artigo, a alfabetização e a formação moral de crianças e adolescentes não estão desvinculadas e devem acontecer simultaneamente desde os primeiros anos do Ensino Fundamental.
A segunda fase do Ensino Fundamental
Depois do período de alfabetização, seguem-se as fases de assimilação dos conceitos básicos das artes, ciências e do letramento.
É importante ressaltar que o letramento não é o mesmo que a alfabetização. Enquanto a primeira, como vimos, é a capacitação das crianças para ler e escrever, o segundo é o desenvolvimento e uso dessas habilidades nas práticas sociais.
Assim, o objetivo é garantir que o adolescente saiba lidar criativamente com a linguagem, adaptando-a aos contextos sociais mais diversos.
Tal habilidade permite, por exemplo, um maior domínio da língua para se comunicar em situações como uma entrevista de emprego ou quando a argumentação é necessária para defender um ponto de vista.
Quanto à capacitação para as artes e as ciências, elas contribuem, entre outras coisas, para o desenvolvimento da criatividade dos jovens, assim como para colocá-lo em compasso com as evoluções tecnológicas e seu uso saudável.
Seja como for, é durante o Ensino Fundamental que a criança desenvolve aptidões básicas e aprende como aplicar essas aptidões cotidianamente, compreendendo o mundo à sua volta de maneira mais profunda.
Depois, com base nessas mesmas habilidades, ela será capaz de intervir na sua realidade, tornando-a um lugar melhor para si mesma e para a sua comunidade.
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