Podemos dizer que o uso e domínio da linguagem nos seus diferentes aspectos e contextos — muito mais do que o aprendizado mecânico da leitura e da escrita — são os objetivos do processo de alfabetização e letramento.

A linguagem, como diversos estudos acadêmicos recentes demonstram, não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas define a forma como nos relacionamos uns com os outros e até mesmo com o ambiente que está à nossa volta.

Conseguir que as crianças desenvolvam essas habilidades já desde os primeiros momentos do processo de alfabetização e letramento é fundamental para formar um adulto com espírito crítico.

Neste artigo, vamos explicar o que são alfabetização e letramento, como se complementam e quais práticas favorecem o aprendizado competente da leitura e escrita. Acompanhe.

O que é alfabetização

Por definição, a alfabetização é o aprendizado do alfabeto e sua utilização. Isso pressupõe o domínio da leitura e escrita, assim como dos números e sua utilização nas operações matemáticas fundamentais.

A alfabetização introduz a criança, jovem ou adulto à gramática como forma de racionalizar o uso da língua, aplicando-a com correção e aprendendo a variação culta do português.

Também pressupõe a aplicação ativa do que foi aprendido, o que significa que a prática da alfabetização não se resume a uma atividade mecânica, descolada de um contexto social. É exatamente aí que entra o conceito de letramento, inseparável da alfabetização.

O que é letramento

O letramento, por sua vez, é um dos resultados da ação de ler e escrever, mas vai muito além disso. Ele pressupõe compreender a linguagem na sua dimensão social.

A palavra “letramento” é uma tradução livre do inglês literacy, e designa o processo pelo qual um indivíduo não apenas se torna letrado — no sentido mais comum do termo, que pressupõe o domínio mais aprofundado da leitura e escrita — mas também quem faz uso competente dessa habilidade.

Isso passa por uma boa interpretação de textos, construção de discursos coesos e coerentes e, principalmente, a assimilação profunda de práticas sociais e individuais por meio da linguagem.

Algumas práticas de alfabetização e letramento

Abaixo, enumeramos algumas práticas que o Instituto Itapoã adota e recomenda aos pais. São formas de instigar o pensamento crítico das crianças por meio da linguagem, preparando-as para serem indivíduos críticos e melhor adaptados, inclusive ao mercado de trabalho.

Elas afetam não apenas o conteúdo aprendido, mas colocam em perspectiva a própria forma de aprender. Veja quais são.

Métodos diferentes para necessidades diferentes

Metodologias de ensino de todo tipo têm diferentes limitações, no sentido de que não contemplam a totalidade das formas de aprender. Ou seja, é necessário estar preparado para adotar métodos diferentes para alunos diferentes.

Nesse sentido, o letramento está em sintonia, inclusive, com a educação inclusiva. A convivência com a diversidade nas escolas — e em alguns aspectos, com a dificuldade de assimilação linguística de alguns alunos — é uma demonstração prática da dimensão social da linguagem.

Identificar o estágio de cada aluno

Assim como há métodos diferentes para alunos e situações diferentes, também há que se reconhecer que os estudantes chegam à escola em níveis diferentes de aprendizado da língua.

Cabe ao professor identificar essas diferenças, diagnosticá-las e intervir pedagógica e didaticamente para que as atividades não pareçam muito difíceis para uns ou muito fáceis para outros.

Adotar atividades que desafiam as crianças a escrever

Produzir textos escritos é um desafio e tanto para as crianças. Ao fazerem isso, elas se veem às voltas com os símbolos e regras que aprenderam durante a alfabetização, agora de uma perspectiva criativa.

Mesmo os alunos menores podem usufruir das atividades criativas com a língua portuguesa, criando listas de compras ou pequenos textos, por exemplo.

Adotar atividades críticas baseadas na linguagem

Para os alunos mais velhos, a aplicação prática da linguagem em diferentes contextos é um ótimo exercício. Os gêneros textuais têm diferentes usos e é interessante compará-los, chamando a atenção para a função de cada um.

Ao longo dessa atividade, o professor atua como um leitor crítico, apontando possibilidades de uso mais adequados e opções por determinadas palavras e técnicas argumentativas, por exemplo.

Alfabetização e letramento não devem ser pensados separadamente. Contribuir para que o aluno aprenda a decodificar os símbolos linguísticos e a utilizá-los com facilidade nos diferentes contextos — fazendo uso dos diferentes gêneros textuais — deve ser o maior objetivo escolar, para que uma escola alcance um alto padrão de qualidade no ensino da língua portuguesa.

Quer saber um pouco mais sobre como as diferentes técnicas de alfabetização e letramento são empregadas no Instituto Itapoã? Entre em contato com a gente e agende uma visita. Nela, podemos explicar tudo com mais detalhes!